Durante as escavações realizadas nesta última campanha, que arrancou no início de Agosto, foi possível compreender como se estruturava a complexa muralha, que tem uma dimensão muito superior à inicialmente esperada pelos investigadores. É composta por um muro periférico de contenção a uma rampa de barro que consolidava a base de uma muralha na zona mais elevada. A conclusão dos arqueólogos é que toda a estrutura "servia como arma intimidatória mesmo a grandes distâncias".
O povoado, com cerca de 17 hectares, figura entre os maiores conhecidos desta época e que normalmente não ultrapassam os 5 a 6 hectares, "o que lhe permite atribuir um papel capital no controlo de um vasto e rico território no centro dos férteis "barros negros" de Beja.
Sabe-se também que o Outeiro do Circo não se encontrava isolado, mas dominaria uma vasta rede de pequenos sítios de planície que fariam a exploração deste território. É o caso de Arroteia 6, um pequeno povoado aberto, localizado a menos de um quilómetro do Outeiro do Circo. Este sistema defensivo apresenta-se muito complexo e "com raros paralelos no território nacional", acentuam os arqueólogos. Os trabalhos de pesquisa dirigidos pelos arqueólogos Miguel Serra e Eduardo Porfírio, membros do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto e da empresa de arqueologia Palimpsesto, dão continuidade aos realizados em 2008 e 2009.
Em anteriores escavações foi registada a presença de vários derrubes que fariam parte da muralha, juntamente com muitos fragmentos de cerâmica enquadráveis na Idade do Bronze, bem como vestígios de épocas mais recentes e outros de períodos mais recuados, comprovado na descoberta de um braçal de arqueiro.
Novas colaborações
Outra presença constante são os numerosos fragmentos de barro cozido, que poderão ter feito parte da estrutura da muralha, sugerindo-se a sua utilização como ligante para preenchimento de lacunas na construção, à semelhança do que se propôs para outros povoados muralhados da mesma época
As escavações integram-se no projecto de investigação A transição Bronze Final/1.ª Idade do Ferro no Sul de Portugal. O caso do Outeiro do Circo e são apoiadas pela Câmara de Beja, Junta de Freguesia de Mombeja e a empresa de arqueologia Palimpsesto.
Através da formalização de novas candidaturas, os responsáveis do projecto contam, no futuro, envolver outras instituições para prosseguir as investigações na estação arqueológica, que já em 1989 mereceu uma primeira apreciação num projecto elaborado pelos arqueólogos Rui Parreira e Teresa Matos Fernandes, sobre O Bronze do Sudoeste na Região de Beja, no então Instituto Português do Património Cultural.
Sumario
Artículos
Microprospección arqueológica en Giribaile (Vilches, Jaén). Protocolo de trabajo, Luis María Gutiérrez Soler, pp. 7-35
Las comarcas centromeridionales valencianas en el contexto de la Neolitización de la fachada noroccidental del Mediterráneo, Gabriel García Atiénzar, pp. 37-58
La necrópolis de Can Gambús-1 (Sabadell, Barcelona). Nuevos conocimientos sobre las prácticas funerarias durante el Neolítico medio en el Noreste de la Península Ibérica, Jordi Roig, Joan Manel Coll, Juan Francisco Gibaja, Philippe Chambon, Vàngelis Villar, Jordi Ruiz, Xavier Terradas, Maria Eulàlia Subirà, pp. 59-84
El asentamiento de la Edad del Cobre de Valencina de la Concepción (Sevilla). Demografía, metalurgia y organización espacial, Manuel Eleazar Costa Caramé, Marta Díaz-Zorita Bonilla, Leonardo García Sanjuán, David W. Wheatley, pp. 85-117
Muerte e identidad femenina en el mundo argárico, Sandra Montón-Subías, pp. 119-137
La Edad del Bronce en el Noroeste de la Península Ibérica: un análisis a partir de las prácticas funerárias, Ana M. S. Bettencourt, pp. 139-173
Las Lunas, Yuncler (Toledo). Un depósito de materiales metálicos del Bronce Final en la Submeseta Sur de la Península Ibérica, Dionisio Urbina Martínez, Óscar García Vuelta, pp. 175-196
Noticiario
Secuencias gráficas Paleolítico-Postpaleolítico en la Sierra de San Pedro. Tajo internacional. Cáceres, Primitiva Bueno Ramírez, Rodrigo de Balbín Behrmann, Rosa Barroso Bermejo, Fernando Carrera Ramírez, Juana Alfonso Carballo, Jesús Alonso Vasco, Juan José Barbado Carreras, Gonzalo Berzas Bravo, M.ª Ángeles Martín Expósito, Patricia Salgado Cilleros, pp. 197-209
Utilización de instrumentos de concha durante el Mesolítico y Neolítico inicial en contextos litorales de la región cantábrica: programa experimental para el análisis de huellas de uso en materiales malacológicos, David Cuenca Solana, Ignacio Clemente Conte, Igor Gutiérrez Zugasti, pp. 211-225
Hacia el Lejano Oeste. Arte levantino en el acceso a la Meseta: la Roca Benedí (Jaraba, Zaragoza), Pilar Utrilla, Manuel Bea, Serafín Benedí, 227-243
Recensiones y Crónica científica
Recensiones, Irina Podgorny, Manuel Alberto Fernández Götz, Rodrigo de Balbín Behrmann, M.ª Soledad Corchón Rodríguez, Primitiva Bueno Ramírez, Antonio Gilman, Eufrasia Roselló Izquierdo, Juan Pereira Sieso, Adolfo J. Domínguez Monedero, 245-261
Libros recibidos
Reseñas y libros recibidos, Antonio Gilman, Alicia Rodero Riaza, Guillermo Sven Reher Díez, 263-264
Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo (CIAAR) Vila Nova da Barquinha 27 de Agosto 15h No âmbito do Seminário de Arqueologia de Campo no sítio arqueológico da Ribeira da Atalaia ‘Did Homo erectus dwell? Heidegger and human origins research’ O Homo erectus «habitava»? Heidegger e a pesquisa sobre as origens humanas. Palestra de Philip Tonner Entrada Livre Organização Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo, Instituto Politécnico de Tomar, Universitá di Trento, Grupo Quaternário e Pré-História do Centro de Geo-Ciências (uID 73) Apoio Município de Vila Nova da Barquinha e Município de Mação
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Contactos: arqueonews.itm.ciaar@gmail.com
Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo Largo Infante D. Henrique, 6120-721 Mação Tlf: 241571477
CIAAR-Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo Lg. do Chafariz nº 3, Ap. 32 2260-419 V. N. Barquinha Tlf: 249711209 |
Vai realizar-se, de 16 a 18 de Setembro de 2010, o III Seminário Internacional Tarouca e Cister - O imaginário e o Património de Cister no Douro.
À semelhança dos seminários anteriores pretende-se contribuir para o estudo dos cisterciences, nomeadamente no concelho de Tarouca e na região do Douro. O Seminário está organizado em dois dias de conferências, com conferencistas convidados mas com discussão em que poderão intervir todos os participantes e no último dia haverá uma visita de estudo a quintas do Douro que pertenceram aos mosteiros de S. João de Tarouca ou Salzedas e em que todos poderão participar, mediante inscrição prévia. Informações complementares poderão ser obtidas através dos telefones 966349338 (Amélia Albuquerque) ou 962670646 (João Vaz). A inscrição deve ser efectuada via email.: semtarouca@gmail.com, ou remetendo a ficha de inscrição devidamente preenchida via postal para Câmara Municipal de Tarouca.